Onegaishimasu!
(^_^)
Já sabemos que o dōjō é o “Lugar [onde se aprende, se pratica e se ensina] o Caminho”, é o “Lugar [onde se aprende, se pratica e se ensina] a Via”...
E também já vimos que, em nosso caso, este “Caminho”, esta "Via", específica é o próprio Karate... ou seja, um “caminho” “sem qualquer vínculo com significados transcendentes, místicos ou sobrenaturais”, um "modo de vida", um “caminho” que prepara “as pessoas para todos os aspectos da vida social” através da disciplina, do respeito e da harmonia.
Hoje, especificamente, veremos o termo “sensei”.
Como sempre... primeiro vamos ao literal:
Kanji: 先生
Romaji: Sensei
Hiragana: せんせい
Tradução: “nascer antes”, “viver primeiro”.
Leitura: “sênsêê”.
Embora a palavra sensei, de forma muito genérica, possa ser traduzida como "professor" (tradução, aliás, amplamente divulgada), o termo é escrito originalmente com dois ideogramas:
- 先 SEN [せん] (ssên): "Antes de", "primeiro que", "anterior";
- 生 SEI [せい] (ssêi): "Nascer", "viver".
Assim sendo, a tradução literal deste termo pode ser interpretada como (aquele que) "nasceu antes". No entanto, quando trazemos a palavra para o mundo das artes marciais japonesas o entendimento passa a ser "aquele que começou antes".
Dentro de um ambiente controlado ou fechado como um dōjō em particular podemos, com certeza, definir "quem começou antes", quer seja por graduação ou por conhecimento pessoal, e assim, facilmente determinar quem é o "sensei".
No entanto, quando alguém coloca a palavra "sensei" antes/depois do seu próprio nome, ou ainda refere-se a si mesmo como "sensei", isso caracteriza uma falta de humildade incompatível com as artes marciais orientais.
No Japão, o termo sensei é utilizado não somente para designar professores, mas também médicos, advogados ou quaisquer outras figuras cuja característica essencial seja a autoridade.
O termo sensei, de fato, não apresenta aquela "mística" ou "transcendência" impostas por algumas pessoas que não sabem realmente a que este termo se refere.
Outro fato curioso é que em filmes e publicações no ocidente é comum encontrarmos o termo sensei escrito de muitas formas: “sansei”, “sensey”, “senshei”, etc... aqui fica clara a falta de um conhecimento efetivo sobre a língua japonesa, pois nos processos de romanização dos ideogramas e caracteres japoneses (passagem de símbolos japoneses para as letras do nosso alfabeto) esta palavra é sempre escrita como sensei. Aliás, a transcrição errada dos termos japoneses é um dos erros mais comuns em trabalhos, de todos os níveis, por aqui.
Quando se fala japonês, a pronúncia de determinados ditongos (encontros vocálicos, neste caso o “ei” final) muda ligeiramente. Este é o caso da palavra sensei que quando “falada” pronuncia-se “sênsêê”.
Infelizmente a maioria das pessoas acomoda-se às informações transmitidas de forma errada e as assume como corretas... isso é um erro grosseiro, pois questionar é a base da aprendizagem: ou sabemos ou não sabemos. O que não podemos fazer é escondermo-nos atrás de "verdades absolutas" para encobrir a nossa ignorância.
Dentro de um ambiente controlado ou fechado como um dōjō em particular podemos, com certeza, definir "quem começou antes", quer seja por graduação ou por conhecimento pessoal, e assim, facilmente determinar quem é o "sensei".
No entanto, quando alguém coloca a palavra "sensei" antes/depois do seu próprio nome, ou ainda refere-se a si mesmo como "sensei", isso caracteriza uma falta de humildade incompatível com as artes marciais orientais.
No Japão, o termo sensei é utilizado não somente para designar professores, mas também médicos, advogados ou quaisquer outras figuras cuja característica essencial seja a autoridade.
O termo sensei, de fato, não apresenta aquela "mística" ou "transcendência" impostas por algumas pessoas que não sabem realmente a que este termo se refere.
Outro fato curioso é que em filmes e publicações no ocidente é comum encontrarmos o termo sensei escrito de muitas formas: “sansei”, “sensey”, “senshei”, etc... aqui fica clara a falta de um conhecimento efetivo sobre a língua japonesa, pois nos processos de romanização dos ideogramas e caracteres japoneses (passagem de símbolos japoneses para as letras do nosso alfabeto) esta palavra é sempre escrita como sensei. Aliás, a transcrição errada dos termos japoneses é um dos erros mais comuns em trabalhos, de todos os níveis, por aqui.
Quando se fala japonês, a pronúncia de determinados ditongos (encontros vocálicos, neste caso o “ei” final) muda ligeiramente. Este é o caso da palavra sensei que quando “falada” pronuncia-se “sênsêê”.
Infelizmente a maioria das pessoas acomoda-se às informações transmitidas de forma errada e as assume como corretas... isso é um erro grosseiro, pois questionar é a base da aprendizagem: ou sabemos ou não sabemos. O que não podemos fazer é escondermo-nos atrás de "verdades absolutas" para encobrir a nossa ignorância.
É minha opinião, que todos os instrutores, os "sensei" são obrigados a pesquisar e saber o que ensinam... copiar e imitar é normal nos primeiros passos de qualquer arte, mas saber realmente, repito, é obrigação daqueles mais “avançados”, daqueles que ensinam.
Fica aqui uma reflexão...
Treina para si? Sem problemas em não pesquisar... ignorância a nível pessoal é uma questão de escolha. Leciona? Tua ignorância irá influenciar a todos aqueles que estiverem sob tua tutela... já não é mais algo pessoal, mas a disseminação da tua negligência.
Fica aqui uma reflexão...
Treina para si? Sem problemas em não pesquisar... ignorância a nível pessoal é uma questão de escolha. Leciona? Tua ignorância irá influenciar a todos aqueles que estiverem sob tua tutela... já não é mais algo pessoal, mas a disseminação da tua negligência.
Desde a primeira postagem “Conversando sobre artes marciais japonesas” tenho defendido a pesquisa no meio marcial e tentado mostrar que se não entendemos alguma coisa, devemos pesquisar e procurar as respostas.
Simples assim!
Lembrem-se de que “não saber não é vergonha, vergonha é contentarmo-nos com o pouco que sabemos”.
Para encerrar esta postagem... o termo sensei, definitivamente, não é um título e não tem absolutamente nada a ver com a cor da faixa. Aliás, muito ao contrário do senso comum, a faixa preta não dá a ninguém a capacidade para lecionar.
Ser um sensei é uma tarefa extremamente árdua, pois exige dominar um vocabulário enorme, conhecer conceitos técnicos e filosóficos, tirar dúvidas dos alunos, ter responsabilidade, ter experiência sólida e respeito pelo conhecimento próprio e daqueles sob as suas orientações, ter conhecimento e compreensão da prática e da teoria sobre a vida e sobre as artes marciais respectivamente.
Enfim... ser sensei é uma tarefa complexa e difícil...
Enfim... ser sensei é uma tarefa complexa e difícil...
Denis Andretta, Porto Alegre, Rio Grande do Sul
---------------
Referências:
GOULART, Joséverson. Relação Senpai/Kōhai. Disponível em Andretta No Kenkyūshitsu: <http://groups.msn.com/andrettakenkyushitsu/>. Acesso em: 04 de Setembro de 2008.
GOULART, Joséverson. O termo Senpai. Disponível em Andretta No Kenkyūshitsu: <http://groups.msn.com/andrettakenkyushitsu/>. Acesso em: 13 de Setembro de 2008.
GOULART, Joséverson. Senpai, Mudansha, Yūdansha, Seiza. Disponível em Joséverson no kenkyūshitsu: <http://judoforum.com/blog/joseverson>. Acesso em: 20 de Novembro de 2006.
GOULART, Joséverson. Sensei. Disponível em: http://judoforum.com/blog/joseverson/index.php. Acesso em 20 de Novembro de 2006.
Nenhum comentário:
Postar um comentário